Li no blog da Beth um dia desses, uma listinha de coisas de que ela não gosta, publicada por causa de uma brincadeira entre blogueiras e me pus a pensar nas coisas que atualmente são importantes pra mim e em como a gente dá importância a certas coisas em cada etapa da nossa vida (nem sempre às coisas certas...). Eu sempre gostei da arte de fazer à mão, fosse crochê, tricô, ponto de cruz, pintura decorativa... Patchwork é até uma arte mais recente (uns 15 anos, eu acho), mas também sempre fui apaixonada por paninhos e gostava de montar peças que depois pintava, colocando barradinhos de tecidos xadrezinhos e floridinhos, combinando as cores e deixando tudo com ar que as vezes era romantico, outra bem country...
Mas da adolescência à juventude essa paixão ficou meio esquecida, pois o importante era trabalhar, fazer carreira, namorar (não necessariamente nessa ordem...). Hoje dou valor a tudo que é simples e que em certa época foi até considerado brega, não tanto por mim, mas pela sociedade, pelas mulheres emancipadas, queimadoras de sutiãns que eu aprendi que eram as mulheres modernas, atuais... A mulher da "Nova" (a revista), revolucionária e subversiva, que eu lia do começo ao fim e teimava em seguir, fugindo dos meus princípios e das coisas que eu realmente amava.
A gente precisa envelhecer pra aprender a dar ouvidos ao coração, aos conselhos dos mais velhos e a gostar do que gostamos, sem nos preocuparmos se estamos agradando ou se parecemos bobas e atrasadas à algus olhos.
Eu amo minha família e meus amigos (incluso meus bichos), amo fazer patchwork, bordar, pintar, fazer tricô e crochê e amo cozinhar e cuidar das minhas plantinhas. Gosto de dizer que nasci pra ser dona de casa e que adoraria ser, profissionalmente falando, apenas "prendas do lar". Pra mim esses são os valores mais importantes. Claro, não esqueço o lado espiritual, pois amo a Deus, sobre todas as coisas e quero a cada dia mais ser fiel a Ele.
Ultimamente o que não gosto é apenas da correria e do pouco tempo que tenho pra realmente colocar as mãos à obra, mas, como estou sempre cercada de tudo que gosto, fazendo eu mesma ou não, posso dizer que sou uma mulher feliz e realizada.
Me lembrei de um ditado oriental, que diz que o inteligente aprende com sus próprios erros e o sábio aprende com os erros alheios. Todo aquele que se desprende do que é importante para a sociedade e começa a valorizar a família e aos seus próprios valores, ouvindo as vozes que escutou muitas vezes lá na sua infãncia e que com certeza estão conservadas em seu coração, descobre o verdadeiro sentido da vida e da felicidade.
Aliás, felicidade é uma mudinha de copo de leite plantada em um regador velho e colocado em um chão de caquinho de ladrilhos vermelhos, que ajuda a completar o cenário da palavra.
Beijocas
Eliana
Um comentário:
Uma das coisas que fazem valer nosso dia-a-dia é encontrar pessoas como você que compartilham as maravilhas que sabem...
Bjs
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