sexta-feira, 21 de novembro de 2008

As boas coisas da vida...

Li no blog da Beth um dia desses, uma listinha de coisas de que ela não gosta, publicada por causa de uma brincadeira entre blogueiras e me pus a pensar nas coisas que atualmente são importantes pra mim e em como a gente dá importância a certas coisas em cada etapa da nossa vida (nem sempre às coisas certas...). Eu sempre gostei da arte de fazer à mão, fosse crochê, tricô, ponto de cruz, pintura decorativa... Patchwork é até uma arte mais recente (uns 15 anos, eu acho), mas também sempre fui apaixonada por paninhos e gostava de montar peças que depois pintava, colocando barradinhos de tecidos xadrezinhos e floridinhos, combinando as cores e deixando tudo com ar que as vezes era romantico, outra bem country...
Mas da adolescência à juventude essa paixão ficou meio esquecida, pois o importante era trabalhar, fazer carreira, namorar (não necessariamente nessa ordem...). Hoje dou valor a tudo que é simples e que em certa época foi até considerado brega, não tanto por mim, mas pela sociedade, pelas mulheres emancipadas, queimadoras de sutiãns que eu aprendi que eram as mulheres modernas, atuais... A mulher da "Nova" (a revista), revolucionária e subversiva, que eu lia do começo ao fim e teimava em seguir, fugindo dos meus princípios e das coisas que eu realmente amava.
A gente precisa envelhecer pra aprender a dar ouvidos ao coração, aos conselhos dos mais velhos e a gostar do que gostamos, sem nos preocuparmos se estamos agradando ou se parecemos bobas e atrasadas à algus olhos.
Eu amo minha família e meus amigos (incluso meus bichos), amo fazer patchwork, bordar, pintar, fazer tricô e crochê e amo cozinhar e cuidar das minhas plantinhas. Gosto de dizer que nasci pra ser dona de casa e que adoraria ser, profissionalmente falando, apenas "prendas do lar". Pra mim esses são os valores mais importantes. Claro, não esqueço o lado espiritual, pois amo a Deus, sobre todas as coisas e quero a cada dia mais ser fiel a Ele.
Ultimamente o que não gosto é apenas da correria e do pouco tempo que tenho pra realmente colocar as mãos à obra, mas, como estou sempre cercada de tudo que gosto, fazendo eu mesma ou não, posso dizer que sou uma mulher feliz e realizada.
Me lembrei de um ditado oriental, que diz que o inteligente aprende com sus próprios erros e o sábio aprende com os erros alheios. Todo aquele que se desprende do que é importante para a sociedade e começa a valorizar a família e aos seus próprios valores, ouvindo as vozes que escutou muitas vezes lá na sua infãncia e que com certeza estão conservadas em seu coração, descobre o verdadeiro sentido da vida e da felicidade.
Aliás, felicidade é uma mudinha de copo de leite plantada em um regador velho e colocado em um chão de caquinho de ladrilhos vermelhos, que ajuda a completar o cenário da palavra.
Beijocas
Eliana

Um comentário:

Beth disse...

Uma das coisas que fazem valer nosso dia-a-dia é encontrar pessoas como você que compartilham as maravilhas que sabem...
Bjs