terça-feira, 25 de novembro de 2008

Comprar ou não comprar, eis a questão...

Nem sempre devemos obedecer ao impulso de comprar... Pelo menos não de imediato. Eu sempre digo que é melhor se arrepender de comprar do que de não comprar, mas acho que a compra de um tecido deve ser inteligentemente decidida. Eu sempre levo em consideração alguns fatores importantes. O primeiro deles é o grau da paixão. Se eu simplesmente me apaixonei pelo tecido e ele está me atraindo irresistivelmente, tenho que comprar. São esses tecidos que acabam se transformando em projetos especiais e que costumam fazer muito sucesso. Acho que o gostar muito de um tecido nos inspira e nos faz querer usá-lo em projetos mais elaborados, mais bem pensados, afinal, cortar um tecido que nos é muito querido, tem que ser depois de muita ponderação. Eu me apaixono com mais frequencia por tecidos xadrezes, tostados, de tons terrosos ou outonais e os de cores country. Ultimamente ando tendo uma queda pelos tecidos com estampas de rosas (Chabby Chic, Vitorianos, de estampas grandes ou pequenas) e pelos vermelhos queimados e alaranjados, no estilo Australiano. Outro fator que me leva a comprar esse ou aquele, ou vários tecidos é já ter algum projeto em mente. É muito gostoso encontrar exatamente o tecido que procuro, na cor exata, exatamente naquele tom pensado para determinado projeto. Ás vezes espero algum tempo pra iniciar um projeto só por causa de um tecido (e algumas vezes envelheço algum tecido com chá ou encomendo de uma amiga que faz tingimento artesanal, mas isso já é outro capítulo...). Um fator de grande importância é a oferta ou a oportunidade. Amo comprar kits com muitos tecidinhos diferentes, que me proporcionam a possibilidade de ter um número maior de cores e estampas, com um menor investimento. Outra coisa que levo em consideração é o uso de determinados tecidos. Por exemplo: um tecido azul escuro com estampa de estrelinhas que é perfeito para se fazer um fundo de céu em projetos natalinos e nem sempre são fáceis de achar. Alguns outros têem um leque de utilidade muito grande, como é o caso de alguns tecidos, que podem ser usados para confeccionar bolsas da forma em que estão ou apenas para serem um bolso (daí um "Fat" vira 4 bolsos) ou ainda cortar quadradinhos e trabalhar ao redor, fazendo um bloco de Cabana de Toras, por exemplo (agora, então, o "Fat" virou 8 blocos). Outros podem ser recortados e usados para fazer sachês, aplicados em caixas, capas de caderno, ou, em tiras, em jogos de cozinha. São tecidos que "rendem" muito e/ou oferecem mil possibilidades. Outros tecidos eu compro porque ao vê-los, imediatamente já penso no que fazer com eles. Esses aí abaixo eu comprei especificamente para fazer algumas necessaires. São importados, mas com um "Fat" consigo montar três necessaíres muito simples e fáceis de fazer, mas que vão ser valorizadas pelo tecido. E vão agradar a quem receber, pois eu só faço pra presentear meus amigos, mas se fosse vender também venderia com mais facilidade. Alguns tecidos eu compro pra completar minha coleção. Por exemplo: as vezes acho falta de determinado tom ou cor específicos. Quando acho eu compro, apenas para o ter em mãos quando precisar ou porque sei que vão combinar com algum que eu já tenha, mas que não consegui encontrar uma boa combinação entre os outros. Tecidos considerados raros também são imperdíveis. É o caso de algumas estampas (atualmente está difícil achar aquele que lembra colméia) ou de algumas tonalidades de cinza ou tostados. Alguns tecidos tem que ser comprados porque nenhuma coleção que se preze pode ficar sem eles, como é o caso dos chamados "neutrinhos" e daqueles tecidos que são fáceis de combinar com outros, como os nossos "tom-tom". E, finalmente existem aqueles tecidos que compro porque faço coleção deles, no verdadeiro sentido da palavra, como os tecidos de estampa de gatos e de costurinha. Mas eu os uso, viu? Com muita parcimônia, mas uso. Quem faz Patchwork precisa ter vários tecidos, porque não é possível fazer qualquer projeto, por menor que seja, se a combinação de cores não estiver perfeita e adequada à proposta. É como pintar uma tela e não ter uma paleta preparada específicamente para o que se quer pintar. E a gente sente prazer apenas em tê-os, em vê-los arrumadinhos esperando sua vez de serem usados. Mas, apesar disso e até por isso mesmo, a compra tem que ser inteligente, pois um tecido do qual não gostamos e que nos arrependemos de ter comprado estraga o prazer da comtemplação. Gosto de todos os tecidos que tenho. Me senti feliz ao comprá-los e me sinto feliz por tê-los. Se eu acordar de madrugada e tiver vontade de fazer patch, eles estão ali, bem pertinho... Maluca, eu??? Sou sim... Louquinha por paninhos e mais ainda pelos que já são meus... Beijocas Eliana A foto de início é da Bolsa de Ir ao Cinema, feita pela Rosangela. As cores usadas não estão perfeitamente combinadas?

Um comentário:

Anônimo disse...

Professora Eliana, obrigada.
Estou fazendo o curso de patchwork e me sinto no pré primário. Vejo os trabalhos maravilhosos de nossas colegas e sempre digo: Quando crescer eu vou conseguir produzir peças semelhantes.Tenho medo de desanimar, mas ver a bolsinha no seu blog me encheu de orgulho, como se tivesse tirado dez numa prova. Obrigada pelo incentivo e pela paciência. Só posso chamá-la de mestra.
Adorei seu blog. O tema sobre a escolha do tecido, não se entendi direito, mas devemos escolher os tecidos com o coração.
Beijos.
Rosângela